Jó

Jó

“Lembra-te agora qual é o inocente que jamais pereceu? E onde foram os sinceros destruídos?
Segundo eu tenho visto, os que lavram iniqüidade, e semeiam mal, segam o mesmo”. 
(Jó 4:7-8)

Elifaz, um dos três amigos de Jó, na tentativa de achar uma explicação pela circunstância em que se encontrava, imputa a Jó através da lógica e sabedoria humana a perspectiva pela relação da causa e efeito, como uma regra absoluta.

O sofrimento, as doenças, a falta de dinheiro, os fracassos na vida não são evidência de

que uma pessoa não é abençoada por Deus. O sofrimento é uma consequência do pecado e da injustiça humana, mas não pode ser explicado apenas com base no que a pessoa que sofre fez durante a sua existência. Atualmente nos deparamos com semelhantes situações, onde a visão é distorcida, a mesma do suposto amigo de Jó, Elifaz, faz uma analogia do pecado = castigo, obediência = bênçãos.

O Senhor ensina a Jó e a quem lê o livro, que a vida é muito complexa e que somente DEUS conhece o princípio e o fim das coisas. A vida humana não possui uma ordem de causa e efeito, mas uma ordem relativamente misteriosa, que não pode ser explicada por nós mesmos, somente Deus em sua soberania e onipotência cessa as divergências, astutas, como armadilhas no caminho do individuo. “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.”  (Deuteronômio 29:29)

O que aprendemos com a história de Jó, como cristãos e igreja de Cristo, não nos compete fazermos o juízo daqueles que passam por tribulações e sim estendermos as mãos para lhes dar o consolo e refrigério, pelo amor do bom pastor que os guia as águas mansas e tranquilas, buscando o equilíbrio na ordem presente.